sábado, 24 de dezembro de 2011

VIAJANDO PELA PRÉ-HISTÓRIA: A ORIGEM DO HOMEM

A PRÉ-HISTÓRIA

     O longo período da História da humanidade em que não havia escrita é conhecido como Pré-História.
  Os cientistas dividiram o tempo dos seres humanos em dois grandes períodos: a Pré-História (que vai do aparecimento do homem até a invenção da escrita) e a História (que vai da invenção da escrita até o presente). Os dois períodos fazem parte da História do homem.

AS DIFERENTES RESPOSTAS PARA UMA QUESTÃO: COMO TUDO COMEÇOU

Os mitos

    Desde os tempos mais remotos, os seres humanos buscaram explicações para os fenômenos naturais e para sua própria existência.
  De onde viemos...Por que existimos...Que luz é essa que ilumina e esquenta a Terra...Que segredo faz com que as sementes germinam...Foi diante de questões como essas que os seres humanos do passado criaram os primeiros mitos.
MITOS: Narrativas que procuram explicar questões fundamentais na vida dos grupos, tais como a criação do mundo, os fenômenos da natureza, os sentimentos humanos, etc.
  Cada povo costuma criar seus próprios mitos para explicar a realidade. Por isso, é comum que um mesmo fenômeno - a chuva, por exemplo - seja explicado de várias formas diferentes. Estudar um mito pode ser muito interessante, não só porque ele traz explicações ricas e curiosas, mas também porque revela características do modo de vida e das crenças do povo que o criou.
  Os mitos tratam de diversos assuntos, que variam muito de um povo de para outro. Mas quase todos têm seu mito de origem, que explica o surgimento do mundo, da vida e do homem.

AS EXPLICAÇÕES CIENTÍFICAS 

  O mito é uma forma muito antiga da explicação da realidade. Mas não é a única. Para explicar os fenômenos naturais e sua própria existência, os homens também se valem da Ciência.
  Ao contrário dos mitos, que utilizam histórias simbólicas para responder as questões fundamentais da humanidade, as explicações científicas são baseadas e dados concretos, métodos rigorosos e argumentos lógicos. Os arqueólogos e historiadores utilizam vestígios e indícios (dados concretos) e métodos próprios para conhecer o passado, e por isso são considerados cientistas.

O QUE A CIÊNCIA CONTA SOBRE A ORIGEM DO HOMEM 

  Com base nos vestígios encontrados, os cientistas afirmam que a espécie humana se originou na África. A hipótese mais aceita é que os seres humanos e outros símios tiveram um ancestral comum, que surgiu há cerca de 25 milhões de anos. Há cerca de 13 milhões de anos, esse ancestral deu origem ao primeiro hominídeo, e há 5,5 milhões de anos, ao primeiro ancestral humano. Essa e outras informações chegam-nos por meio dos estudos arqueológicos e paleontológicos.
SÍMIOS: Macacos
ANCESTRAL: O mesmo que o antepassado; indivíduo do qual descendem outros indivíduos.
HOMINÍDEOS: Grupo de símios que inclui o homem e outros macacos de grande porte, como o chimpanzé e o gorila.
  Os seres humanos não surgiram com as características que possuem hoje. Da sua origem até os nossos dias, ocorreu um longo processo de transformação, conhecido como hominização, que durou milhões de anos.

O PROCESSO DE HOMINIZAÇÃO

  Um conjunto de transformações ocorridas no esqueleto, nos músculos, no sistema nervoso e no cérebro dos nossos ancestrais deu origem ao homem moderno.
  Nesse processo, acredita-se que o bipedismo - a capacidade de andar apenas com dois pés, na posição ereta - foi uma das mais importantes.
  Entre outras vantagens, o bipedismo proporcionou aos nossos ancestrais a capacidade de carregar alimento e filhotes simultaneamente. Também ampliou o seu campo de visão: eretos sobre as duas pernas, eles podiam observar melhor o que acontecia em seu redor, reconhecendo mais facilmente predadores e presas. Além disso, o bipedismo tornou seus deslocamentos mais eficientes, possibilitando-lhes realizar longas marchas.
  Quando os hominídeos passaram a andar sobre as duas pernas, deixaram de carregar objetos com a boca, utilizando as mãos. Seu maxilar, que antes era grande e forte, pôde diminuir de tamanho, permitindo o aumento da caixa craniana e, consequentemente, do cérebro. O resultado foi o desenvolvimento das capacidades intelectuais, como prever e projetar ações no futuro, realizar cálculos e executar diferentes tarefas, tais como produzir ferramentas.
  Uma das últimas conquistas no processo de humanização foi o desenvolvimento da linguagem. Diante da necessidade de comunicação, um grande número de gestos e sons combinados passou a ser utilizado para transmitir mensagens e ideias. Isso foi possível, entre outros fatores, graças ao desenvolvimento do aparelho fonador.
MAXILAR: Conjunto de ossos e cartilagens que permitem a abertura e o fechamento da boca.
CAIXA CRANIANA: Conjunto de ossos que envolvem o cérebro.
APARELHO FONADOR: Conjunto de órgãos destinados a produzir os sons da fala.

O TRABALHO DO HISTORIADOR

Documentos ou fontes históricas
  Para saber como viviam os antigos egípcios e outros povos do passado, contamos com o trabalho dos historiadores. Graças a eles, podemos saber de que modo homens e mulheres se organizavam antigamente: seu modo de pensar, as explicações que criavam, as obras que construíam, como se vestiam, quais eram suas diversões, etc. Ao desvendar o passado, os historiadores nos auxiliam a entender como as sociedades em que vivemos se tornaram o que são hoje, e seus variados aspectos.
  Do mesmo modo que os arqueólogos, os historiadores pesquisam, organizam e interpretam vestígios deixados pelas sociedades do passado. Registros escritos, como jornais, cartas, códigos de leis, inquéritos policiais, livros, diários e inscrições (textos gravados em pedra ou cerâmica), são as principais pistas usadas em seu trabalho. No entanto, não são as únicas. Utensílios domésticos, obras de arte, fotografias, roupas, relatos orais e construções também são utilizados, pois contêm, informações importantes sobre a época ou a sociedade em que foram produzidos. Esses materiais são chamados de documentos ou fontes históricas.
  Em suas investigações, o historiador age como um detetive: primeiro, reúne as fontes que encontra, montando com elas uma espécie de quebra-cabeça. Depois, conclui seu trabalho produzindo um relato histórico.

COLETANDO DEPOIMENTOS E PESQUISANDO EM ARQUIVOS, CIDADES E FESTAS

  Antes de começar o seu trabalho, o historiador tem de estabelecer limites para sua pesquisa, definindo o tema, o período e o local que estudará. Esse procedimento é necessário porque não é possível estudar toda a história da humanidade de uma só vez.
  Em seguida, o historiador começa a procurar as fontes para sua pesquisa (ou seja, os documentos escritos e não escritos que contêm informações importantes sobre o tema, o local, e o período investigados).
  Nesse trabalho, o historiador conta com o auxílio de outros profissionais, como arqueólogos, geógrafos, antropólogos e restauradores.
ANTROPÓLOGOS: Profissionais que estudam as relações entre os membros de uma comunidade e sua cultura (religião, regras sociais, relacionamento familiar, etc).
RESTAURADORES: Profissionais que reconstituem documentos e objetos do passado danificados pela ação do tempo e do homem.
  
Documentos escritos

  Há uma grande variedade de documentos escritos que o historiador pode pesquisar: inquéritos, processos criminais, leis, jornais, revistas, folhetins, cartas pessoais, cartões-postais, livros, inscrições em pedras, etc.

Documentos não escritos

  O documento não escritos utilizados pelos historiadores em suas pesquisas podem ser agrupados em:

  • Fontes materiais: objetos (utensílios, vestimentas, ferramentas, móveis, obras de arte, construções, etc.) produzidos pelas sociedades do passado.
  • Fontes visuais: pinturas, fotografias, caricaturas, pichações, histórias em quadrinhos, anúncios publicitários, tatuagens e pinturas na pele, filmes e quaisquer outras imagens produzidas em diferentes épocas.
  • Fontes orais: se o período estudado for recente, o historiador poderá entrevistar pessoas que vivenciaram o acontecimento e podem dar seu testemunho sobre o ocorrido. Nesse caso, dizemos que se trata de uma fonte oral.
  • Fontes sonoras: gravações de músicas, depoimentos, programas de rádio, entre outros, encontrados em arquivos especializados ou em acervos pessoais.
  • Fontes imateriais: manifestações culturais (festas, rituais, crenças, tradições) que trazem informações sobre a história de quem as pratica. Elas se modificam ao longo do tempo, mas sempre revelam o que os grupos que as pratica valorizam, celebram e não querem esquecer.
CONSTRUINDO RELATOS HISTÓRICOS

  As informações que o historiador obtém em entrevistas, arquivos, museus, bibliotecas, conjuntos arquitetônicos e festas populares são registradas em suas notas de pesquisa. Com a ajuda de textos e livros já escritos sobre o assunto, ele organiza essas informações e, aos poucos, constrói a história de uma sociedade, de um lugar ou de um indivíduo. Assim ele vai montando o quebra-cabeça da história ou, como Sherlock Holmes, resolvendo o caso que se propôs a estudar. Ao final, constrói um relato histórico, no qual apresenta suas conclusões.
  Esse relato, no entanto, não constrói o passado com absoluta exatidão. Trata-se de uma interpretação sobre o que aconteceu. Um outro historiador, ao analisar as mesmas informações, pode chegar a conclusões diferentes.

PORQUE ESTUDAR HISTÓRIA

  Graças aos historiadores, podemos saber mais sobre como viveram os homens e as mulheres em outros tempos e espaços, o que mudou e o que permaneceu. Ao conhecer as experiências humanas no passado, podemos entender como foi que o mundo em que vivemos tornou-se o que é. Também podemos encontrar formas de atuar nele, a fim de preservar ou mudar aspectos de nossa realidade.  



sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O QUE SHERLOCK HOLMES TEM EM COMUM COM OS CIENTISTAS QUE ESTUDAM O PASSADO


  Em 1940, quando meninos franceses brincavam na região de Lascaux, no Sudeste da França, encontraram um buraco no chão. Ao entrar nele, depararam-se com longos e estritos corredores de pedra, que davam acesso a uma caverna. Lá dentro, fizeram uma descoberta surpreendente: o teto e as paredes estão recobertos por desenhos que pareciam estar ali havia muito tempo.

  Os meninos comunicaram a descoberta a seu professor. Ele, por sua vez, avisou especialistas, que descobriram se tratar de desenhos realmente muito antigos.

                                               
DETETIVES, ARQUEÓLOGOS E HISTORIADORES

  Os especialistas que estudam o passado, são os arqueólogos e os historiadores.  Para descobrir como viviam os grupos humanos de outras épocas, esses estudiosos pesquisam pistas. Selecionam o que consideram importante, levantam hipóteses e chegam a uma conclusão. No caso da caverna de Lascaux, os arqueólogos concluíram que as pinturas em seu interior foram feitas entre 11 e 15 mil anos atrás por grupos que habitaram aquela região.  

                                     DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE O TRABALHO
                                                    DE DETETIVES, ARQUEÓLOGOS E HISTORIADORES

DETETIVES:   São especialistas em desvendar mistérios - atos indesejáveis, muitas vezes criminosos, provocados por autores não identificados. Procuram descobrir o que está oculto por meio das diversas pistas encontradas. 
  Na vida real, existem detetives muito competentes. Mas os melhores e mais famosos são os que foram criados pelos escritores de romances policiais. Por isso, a figura símbolo do detetive é Sherlock Holmes.

ARQUEÓLOGOS:  São cientistas que estudam o passado das sociedades a partir de vestígios materiais produzidos por elas: pinturas em rochas, restos de fogueiras, construções ou qualquer outro objeto (facas, lanças, peças de cerâmica, etc.).

HISTORIADORES:  Assim como os arqueólogos, os historiadores estudam o passado das sociedades. Mas, ao contrário de seus colegas, eles se valem principalmente de documentos escritos, embora também utilizem outros tipos de fontes (como construções, desenhos, utensílios, relatos orais, etc.). Os historiadores que estudam os últimos dois séculos podem utilizar ainda fotografias, gravações em áudio (som) e vídeo (imagem), CD-ROMs, etc.

                                         A CONTAGEM DO TEMPO

  Para facilitar seus estudos, os pesquisadores costumam organizar o tempo em períodos: ano (que equivale a 365 dias), século (que equivale a 100 anos), milênio (que equivale a 1000 anos), etc. Tradicionalmente, os séculos são representados por algarismos romanos.
  Além dos períodos, os estudiosos também costumam utilizar marcos históricos para organizar o tempo. No Ocidente, região do planeta em que vivemos, o nascimento de Cristo é considerado um marco muito importante. Por isso, costumamos dividir o tempo em antes de Cristo (a.C.) e depois de Cristo (d.C.). A contagem do período antes de Cristo é decrescente; a contagem do período depois de Cristo é crescente.

                                        OS ARQUEÓLOGOS: DESCOBRINDO E LENDO
                                                   OS VESTÍGIOS DO PASSADO 

  A Arqueologia é a ciência que estuda o passado da humanidade por meio dos vestígios materiais deixados pelos povos que habitaram (ou habitam) a Terra. A esses vestígios damos o nome de achados arqueológicos ou artefatos.
  A maior parte desses materiais encontra-se no subsolo, coberto por camadas de poeira e outros sedimentos que foram se depositando sobre eles ao longo do tempo. Outros estão em paredes de cavernas ou sob rios, lagos e mares.
  O trabalho do arqueólogo divide-se em duas etapas: a pesquisa de campo e a análise de material coletado.

                                            A PESQUISA DE CAMPO

  O arqueólogo começa o seu trabalho procurando áreas onde possam existir vestígios materiais de povos antigos. Os locais que concentram materiais de pesquisa são chamados de sítios arqueológicos.
  Para encontrar esses sítios, o pesquisador se baseia em informações já conhecidas sobre a existência de povos do passado.
Fóssil de um mamute
  Normalmente, os arqueólogos trabalham em sítios menores, procurando habitações, pinturas, fósseis humanos, instrumentos de trabalho, armas, enfeites, moedas.
FÓSSEIS: Restos ou vestígios de plantas, animais ou outros seres vivos que se conservaram enterrados no solo. Podem ser ossadas inteiras, um dente ou fragmento de um osso, assim como a pegada de um homem. Esses restos são soterrados em um ambiente com pouco oxigênio, o que impede que eles se decomponham.
  Na maior parte das escavações, os arqueólogos utilizam pequenas pás, enxadas e picaretas, mas ás vezes precisam trabalhar com máquinas escavadoras de grande porte. Toda escavação deve ser feita com extremo cuidado, para não danificar os vestígios. Cada peça encontrada é limpa com pincéis, fotografia e/ou desenhada num diário de campo ou computador portátil. Sua localização exata é registrada em mapas ou desenhos. Nessa etapa, o arqueólogo desenvolve um trabalho muito semelhante ao do detetive. Nenhuma pista pode ser destruída, pois todas elas ajudam a conhecer os modos de vida dos povos pesquisados.

                                         A ANÁLISE DO MATERIAL COLETADO

  O material obtido na pesquisa de campo deve ser removido do sítio arqueológico com muito cuidado e transportado para laboratórios e centro de estudo especializados, a fim de ser analisado. Essa análise é feita em duas etapas: primeiro, os arqueólogos investigam a cidade do artefato; depois, o relacionam com informações já conhecidas, referentes a mesma época e região. Para tanto eles precisam se apoiar em conhecimentos fornecidos pela história, pela geografia, pela biografia, entre outras disciplinas. Por isso, dizemos que o trabalho do arqueólogo é interdisciplinar.
  Os estudos arqueológicos são constantemente atualizados. Os cientistas não param de pesquisar, e novas descobertas são feitas continuamente. Quando novos vestígios são encontrados, novas interpretações podem ser feitas por temas estudados anteriormente. Também é possível que dois arqueólogos interpretem de maneiras diferentes os mesmos vestígios.
  Um achado arqueológico só tem utilidade quando os estudiosos podem estuda-lo e estabelecer relações com outros artefatos produzidos na mesma época. Isolado, o vestígio não contribui para o conhecimento sobre a sociedade que o produziu.

Como determinar a idade de um artefato

  Existem várias formas de se determinar a idade de um artefato. A mais conhecida é a da datação pelo método de carbono 14.
  Todos as seres vivos (plantas e animais, inclusive os homens) absorvem, em vida, um elemento chamado carbono 14 que resta em um achado arqueológico (ossos, conchas, madeiras, pinturas feitas com tintas derivadas de plantas, etc.), podemos calcular sua idade: quando menor a quantidade desse elemento, mais antigo é artefato.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

TESOUROS DA NATUREZA

  Além de manter a boa qualidade do ar, as áreas preservadas fornecem matéria-prima para a elaboração de muitos produtos. Algumas empresas possuem áreas naturais demarcadas e protegidas de onde retiram sementes, óleos, cascas de árvores, para a fabricação de produtos, tais como cosméticos, xampus, condicionadores, sabonetes, perfumes, cremes hidratantes, óleos para o corpo e para perfumar o ambiente.

QUÍMICOS: FABRICANDO NOVAS SUBSTÂNCIAS


  A Química é uma parte da ciência que estuda os materiais, suas propriedades e suas transformações. A transformação de substâncias acontece por meio de reações químicas.
  A cozinha é um local onde podemos observar a ocorrência de algumas reações químicas. Um bom exemplo, é quando preparamos e assamos pães e bolos.
  Quando algumas substâncias se transformam, formando substâncias diferentes das originais, dizemos que ocorreu uma reação química.
  Uma maneira de saber se houve uma reação química é observar se, ao misturar duas ou mais substâncias, ocorrem algumas modificações como:

  • mudança de cor
  • mudança de cheiro 
  • mudança de temperatura
  • desprendimento de gás
  • turvação
PERFUMISTAS: OS PROFISSIONAIS DAS FRAGRÂNCIAS

  O que faz um perfume ter cheiro agradável?

  Por trás de um bom perfume existe o trabalho de pessoas que combinam diferentes matérias-primas e fragrâncias. Esses profissionais, os perfumistas, precisam ter conhecimentos científicos de química, física, farmácia e medicina para combinar substâncias e criar novos perfumes, que não ofereçam riscos á pele, além de possuir um ótimo olfato.  Mas oque é olfato? O olfato é um de nossos sentidos. Percebemos o mundo por meio de cinco sentidos: a visão (olhos), a audição (ouvidos), o tato (pele), o paladar (língua) e o olfato (narinas).  Ao sentirmos a fragrância de um perfume, veja o que acontece com o nosso corpo.  Mas oque é olfato? O olfato é um de nossos sentidos. Percebemos o mundo por meio de cinco sentidos: a visão (olhos), a audição (ouvidos), o tato (pele), o paladar (língua) e o olfato (narinas).  Ao sentirmos a fragrância de um perfume, veja o que acontece com o nosso corpo.
  1. Ao inspirarmos o perfume, com o ar, seu cheiro atravessa nossas narinas.
  1. O cheiro do perfume que é um vapor, chega ás células olfativas, que são os receptores de cheiro. De lá, a sensação do aroma do perfume é rapidamente transmitida á região do cérebro responsável pelo olfato. Se inspirarmos com mais força, uma maior quantidade de ar em vapor toca os receptores e percebemos melhor o cheiro.    
  Os perfumistas precisam desenvolver uma ''memória olfativa'' ou ''memória de cheiros'', já que existem mais de dois mil tipos matérias-primas para se fazer perfumes.



PRESERVANDO AMBIENTES NATURAIS

Paisagem de Fernando de Noronha (PE)
  O ser humano modifica o ambiente natural para atender ás suas necessidades, como moradia, alimento, matérias-primas para as indústrias, etc. No entanto, de acordo com a avaliação de especialistas, existem áreas que sofreriam prejuízos se fossem modificadas pelo ser humano. Portanto, essas áreas são protegidas por lei e são fiscalizadas pela Polícia Florestal.
  A conservação dos ambientes naturais garante a sobrevivência das plantas e dos animais que ali existem e preserva sua biodiversidade.
  Além disso, as modificações causadas no ambiente natural pelo homem, como, por exemplo, a substituição das florestas por cidades e indústrias, ocasionaram a poluição ambiental.

PLANEJANDO A CONSTRUÇÃO

  Ao fazer construções, o homem modifica o ambiente natural.

PROJETANDO A CASA


  Uma das primeiras etapas da construção de uma casa é a elaboração do projeto.

OBSERVANDO A POSIÇÃO DO SOL


  O sol é uma estrela que emite luz e calor.
  Durante o dia, podemos ver o Sol em diferentes posições.
  Isso acontece por causa do movimento de rotação da Terra. O movimento do Sol no céu é apenas aparente, pois, na verdade é a Terra que gira em torno de si mesma, num movimento chamado rotação. Para completar uma rotação, em relação ao Sol, a Terra demora aproximadamente 24 horas (1 dia). Esse movimento faz com que aconteçam os dias e as noites.
  Durante o dia, não é necessário acender muitas lâmpadas, pois o Sol fornece bastante iluminação. Portanto, ao se projetar uma casa, os arquitetos analisam o local onde ela será construída para aproveitar ao máximo a iluminação natural do Sol, o que economizará o uso de energia elétrica.
  Além da iluminação, é importante pensar no aquecimento da casa. Se construirmos uma casa voltada para uma direção que receba poucos raios de Sol, a casa será escura, fria e muito úmida e, por isso, não trará conforto aos moradores.

domingo, 18 de dezembro de 2011

MODIFICANDO O AMBIENTE

  Todas as vezes que o ser humano faz alguma construção, como uma casa, uma fazenda, um clube, uma cidade, ele modifica o ambiente natural.
 Chamamos de ambiente natural as áreas compostas de rios, florestas, montanhas, vales, campos e mares que não sofreram modificações pela ação do ser humano.
  No ambiente natural encontramos grande biodiversidade.
BIODIVERSIDADE: A variedade de seres vivos que existe em um certo ambiente e também representa as diferenças encontradas um uma certa espécie.

A BIODIVERSIDADE É IMPORTANTE?


A variedade de formas de vida é importante já que um ser vivo depende do outro para sobreviver e obter alimento.


AMBIENTE CONSTRUÍDO


Como o ser humano precisa obter alimento e moradia acaba modificando o ambiente natural.

A CIDADE E SEUS PROBLEMAS

  Hoje, no Brasil, a maior parte da população mora em cidades, pois, entre outras coisas, elas oferecem serviços públicos, ou seja, aquila que é importante para a população viver com qualidade; água encanada, energia elétrica, coleta de lixo, iluminação, pavimentação, posto de saúde, escola, limpeza e conservação de ruas e praças. O conjunto desses serviços chama-se infraestrutura. O fato de as cidades serem procuradas como lugar de moradia faz com que elas recebam cada vez mais pessoas, o que provoca o crescimento populacional. E, quanto mais as cidades cresce, mais problemas ela enfrenta.
O GRANDE PROBLEMA: As cidades crescem sem planejamento urbanístico.


O LIXO E AS ENCHENTES


  As ruas são asfaltadas e a água da chuva, não tendo como penetrar no solo, escorre para os rios. Os rios que passam pelas cidades geralmente estão cheios de lixo, que foi jogado por indústrias e pelos próprios moradores; por isso eles transbordam, causando as enchentes. O bueiros também ficam entupidos pelo lixo, e a água da chuva, não tendo onde escoar, provoca o alagamento das ruas.

NO PASSADO ERA ASSIM


Praça do Correio, na cidade de São Paulo, em 1940




















A MORADIA NA CIDADE




  Observe as fotos.
Favela da Rocinha, na cidade do Rio de Janeiro
Bairro de São Conrado, na cidade do Rio de Janeiro
           









              
Em primeiro plano a favela da Rocinha, ao fundo o Bairro de São Conrado, na cidade do Rio de Janeiro
    Ao observar as três fotos deve ter notado algumas diferenças. Isso acontece porque para alugar ou comprar uma casa ou apartamento, o preço da moradia varia, dependendo do bairro. Quanto melhor a infraestrutura do lugar, mais elevado é o preço. Em áreas com menor infraestrutura, o preço é mais baixo.
   Assim, a cidade passa a ter bairros onde moram pessoas com melhores condições financeiras e pessoas com piores condições.
CONDIÇÃO FINANCEIRA: Situação de maior ou menor poder econômico de uma pessoa.
  Além disso, há, também, pessoas cuja situação financeira é tão precária que elas são obrigadas a alugar um quarto ou um barraco em uma favela.
PRECÁRIA: Insuficientes
  Ao observar a foto ''Em primeiro plano a favela da Rocinha, ao fundo o Bairro de São Conrado, na cidade do Rio de Janeiro'', é possível perceber que num mesmo bairro pode haver moradias de luxo ao lado de moradias precárias. Isso acontece principalmente em cidades grandes, como São Paulo ou Rio de Janeiro.
  Algumas pessoas não podem pagar nem mesmo uma moradia nas áreas mais baratas da cidade e, por isso, moram nas ruas. São os chamados moradores de rua. Eles ficam expostos á violência, ao frio e não têm um lugar para onde ir.

POR QUE FAVELA?


  Favela é o nome de uma árvore. Esse nome, porém, passou a ser usado para indicar moradias precárias quando os soldados, que haviam lutado numa batalha conhecida como Canudos, ao voltar para o Rio de Janeiro, instalaram-se com suas famílias num morro chamado Providência. Como lá havia grande quantidade da árvore favela, passaram a chamá-lo morro da Favela. Depois disso os locais que se assemelhavam a esse passaram a ser chamados de favelas.
  Nas favelas as ruas são bem estreitas e não há todos os serviços públicos, ou seja, quase não há infraestrutura. O risco de incêndios também é alto e há pouco policiamento, por isso, falta segurança aos moradores.
  Hoje em dia, quando chove muito, a população sofre com o desabamento dos morros, que soterram as casas e matam muitos de seus moradores.
SOTERRAM: Cobrir de terra. Enterrar.


O TRÂNSITO URBANO 


  Outro problema enfrentado pelos moradores das cidades é a grande quantidade de carros nas ruas, o que gera congestionamentos e poluição provocada pelos gases que saem do escapamento dos veículos.
  O comportamento de algumas pessoas que não costumam respeitar as regras básicas de trânsito é também um outro problema enfrentado pelos moradores da cidade.
  As regras de trânsito foram feitas para garantir que todos os veículos possam transitar com mais facilidade pelas ruas da cidade, sem se chocar, e para evitar que veículos que causam poluição circulem. Também servem para garantir que os pedestres tenham mais segurança ao se locomover pelas ruas.
  Na ano de 1998 foi criado um novo Código de Trânsito no Brasil. A intensão é punir os motoristas que se portam de forma inadequada no trânsito. Dependendo do comportamento do motorista, ele poderá até perder sua carteira de habilitação.
CARTEIRA DE HABILITAÇÃO: Documento que autoriza o cidadão com mais de 18 anos a dirigir veículos como carro, moto, ônibus e caminhão.
  Os transportes públicos, por conduzirem muitas pessoas ao mesmo tempo, poderiam colaborar para a redução do número de carros nas ruas. Porém, na maior parte das cidades eles não são suficientes para atender a toda a população. Por isso, ficam superlotados e os passageiros enfrentam situações de grande desconforto e constrangimento.
  Existem diversos tipos de transporte coletivo: ônibus, metrô, trem, perua, barco, balsa, avião, carro. Cada cidade, de acordo com suas necessidades e suas condições físicas e financeiras, implanta meios de transporte coletivo que são colocados á disposição da população.


O metrô é um trem rápido que transporta
muitas pessoas ao mesmo tempo. Na foto,
a Estação Sé do metrô na cidade de São Paulo.























O ônibus é um importante meio de
transporte coletivo.

Porto de Manaus (AM). Em cidades como
Manaus, além de ônibus, as pessoas
utilizam-se também de barcos e balsas
como maio de locomoção.




























































    

  

O ESPAÇO URBANO

DO BAIRRO Á CIDADE


Brasília (capital do Brasil)
  Um conjunto de bairros forma o espaço da cidade ou o que se chama zona urbana.
  Uma cidade é composta por casas e prédios para moradias; escolas; lojas onde se compram roupas, sapatos; mercados nos quais se compram alimentos; indústrias que fabricam brinquedos, carros, etc.; bancos onde se guarda o dinheiro, além de lugares para as pessoas se divertirem, como cinemas, museus e parques.
  O conjunto desses elementos forma a paisagem urbana.
PAISAGEM: Podemos dizer que tudo aquilo que vemos quando olhamos para um lugar é uma paisagem. Existem diversos tipos de paisagem: as que são naturais, ou seja, aquelas compostas de rios, florestas, montanhas, vales, campos, mares, e as que são construídas pelos seres humanos, tais como, casa, prédios, túneis, pontes, parques e outros.


COMO PODE SER A PAISAGEM DE UMA CIDADE


  Para descrevê-la há diversas linguagens. Uma delas é a da pintura. Além das pinturas, outra forma de descrever a paisagem da cidade é através de poemas.
  Embora as cidades tenham muitas características parecidas, como ser um lugar de moradia e de trabalho, e ter um grande número de habitantes, elas também apresentam diferenças entre si, tendo, cada uma delas, sua própria paisagem.

CIDADES BRASILEIRAS 


  As cidades são diferentes entre si também segundo as atividades que desenvolvem, o número de moradores, o tamanho do território ocupado, o clima, o relevo e ainda de acordo com sua riqueza.
  No Brasil existem cidades grandes como o Rio de Janeiro e muito pequenas como Borá, no estado se São Paulo. Existem cidades em serras, como Poços de Caldas em Minas Gerais, e cidades planas, onde dá para andar de bicicleta sem fazer esforço, como a capital do Brasil, Brasília. Algumas cidades têm praias, como Recife, em Pernambuco; outras são cheias de árvores, como Araraquara, em São Paulo; algumas têm muitos prédios, ruas largas, muito trânsito, como Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul.
  Na foto de Macaé (RJ), vemos diversas indústrias.
  Cidades como ela são chamadas de industriais.
  As indústrias produzem as mercadorias que compramos em diversas lojas: carros, alimentos, roupas, brinquedos e muitos outros objetos. Esse tipo de cidade normalmente fornece os produtos industrializados para outras cidades, garantindo assim sua riqueza.
  Existem, também, cidades como Parati, no estado do Rio de Janeiro. Ela é muito antiga e sua arquitetura é típica do período colonial brasileiro, ou seja, retrata um período da história do Brasil.
  Parati recebe turistas de muitos lugares do mundo, que visitam sua praça central, as igrejas e as diversas casas que preservam as mesmas características do passado e que estão concentradas no chamado Centro Histórico.
  Cidades como Parati são chamadas de cidades históricas, porque preservam as construções de um determinado período. Ao visitar essas cidades, podemos ver como era a vida no Brasil há muitos e muitos anos. Por isso, elas são consideradas um verdadeiro livro de memórias e estão constantemente sob cuidado das autoridades nacionais, com o objetivo de preservá-las.
  As cidades históricas vivem basicamente do turismo. Por isso, alguns de seus habitantes tornam-se profissionais ligados ao turismo, á preservação e á restauração dos monumentos históricos.
  Existem cidades que são chamadas de metrópoles.
METRÓPOLES: Metrópole quer dizer cidade-mãe, porque ao seu redor nascem outras cidades que se beneficiam de sua riqueza econômica e de seus serviços.
  Elas podem oferecer serviços especializados, tais como hospitais bem equipados; restaurantes de todos os tipos; intensa vida cultural com exposições, museus, cinemas, shows; escolas e universidades de alto padrão; bancos e sedes de grandes empresas.
  As metrópoles recebem constantemente um grande número de pessoas de outras cidades, outros estados e até mesmo outros países. Elas vão buscar tratamento médico, fazer compras, participar de feiras, palestras, teatros e shows artísticos. Outras, vão para morar. Estas estão em busca de moradia, trabalho, estudo, ou seja, de melhores condições de vida. É por isso que o número de moradores de uma metrópole cresce a cada dia.
  Nem sempre as pessoas que procuram os benefícios de uma metrópole encontram o que procuram. Por isso, há muita riqueza, mas também muita pobreza nas metrópoles. 

sábado, 17 de dezembro de 2011

OS ANFÍBIOS E O MEIO AMBIENTE

REPRODUÇÃO DOS ANFÍBIOS


  Em noites quentes, em brejos, lagoas ou riachos, podem-se ouvir sapos machos coaxando para atrair as fêmeas. Depois de ouvir o canto, a fêmea se aproxima do macho para o acasalamento.
  Os ovos formados desenvolvem-se dentro de água doce ou em ambientes terrestres úmidos (margem de represas, debaixo de pedras, em poças de água parada na borda das matas).
  Os ovos ficam protegidos por uma camada gelatinosa que os prende as plantas, pedras ou folhas, ou ficam dentro de uma espuma.
Ovos de anfíbios
  Depois de saírem dos ovos, os girinos (filhotes de sapos, rãs e pererecas) passam por grandes transformações em um processo chamado metamorfose. Os girinos assemelham-se aos peixes, porque respiram como eles e vivem na água. Nessa fase, eles não se parecem nem um pouco com o anfíbio adulto.

  OS ANFÍBIOS  E SEU AMBIENTE

Sapo coaxando
  Os anfíbios tem a pele fina e úmida e se reproduzem em ambientes aquáticos ou terrestres úmidos. Por causa disso, são um dos primeiros a sentir os efeitos poluição. São considerados, então animais indicadores da qualidade ambiental. Assim , se o número de anfíbios estiver diminuindo em uma determinada área isso pode ser um sinal de poluição ambiental.
  Os anfíbios adaptam-se bem á vida em ambientes terrestres úmidos, como as florestas tropicais e locais próximos a fonte de água doce (rios, brejos, lagoas e riachos). Esses ambientes fornecem-lhes água, abrigo e alimento, permitindo sua sobrevivência.
  Nesses locais há uma grande diversidade de espécies animais, entre elas, os predadores dos anfíbios, como aves, peixes, cobras, lagartos, e alguns mamíferos (macacos, cachorros-do-mato e jaguatiricas).

  NÃO POSSUINDO UNHAS, ESCAMAS OU GARRAS COMO OS ANFÍBIOS SE DEFENDEM DE TANTOS INIMIGOS (PREDADORES)?

  Sapos, rãs e pererecas utilizam, entre outras estratégias de defesa, a camuflagem. Imitando o ambiente em que vivem, conseguem se confundir com ele, tornando-se pouco visíveis aos seus predadores.
  Por outro lado, muitas espécies de anfíbios são coloridas, ficando bem visíveis em seu ambiente, tornando-se presas fáceis. Mas, para compensar essa desvantagem, a pele desses animais possui substâncias de gosto desagradável ou substâncias tóxicas capazes de matar aquele que se aventurar a comê-los. 
  Alguns predadores percebem que esses animais coloridos não são uma boa refeição e nem chegam a gastar energia para capturá-los.
  Outra estratégia de sobrevivência de alguns anfíbios é a presença de glândulas de veneno localizadas atrás dos olhos.
  O veneno só é eliminado quando essas glândulas de veneno são comprimidas (apertadas) durante o ataque de um predador. Uma cobra, por exemplo, ao abocanhar um sapo com tal característica, sente o gosto ruim do veneno e rejeita essa presa, facilitando a sua fuga.


VOCÊ SABIA?


O sapo pulga é encontrado na Mata Atlântica, em locais úmidos. Alimenta-se de pequenos animais invertebrados como aranhas, formigas e besouros. É um sapo pequeno, que cabe em cima de uma unha do ser humano. Seu tempo de vida é desconhecido.































quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

TIRAM AS ÁRVORES... DESAPARECEM OS BICHOS

GARANTINDO O FUTURO DAS ESPÉCIES

  A maioria das pessoas visitam os zoológicos para passear, divertir-se e aprender mais sobre os animais. No entanto, desconhece sua importância: conservar as espécies de animais ameaçados de extinção.
  Extinção é o desaparecimento completo de uma espécie animal ou vegetal da natureza. Quando o número de indivíduos de uma espécie diminui drasticamente ao longo dos anos, ela é considerada ameaçada de extinção.
  Veterinários e biólogos que trabalham no zoológico realizam pesquisas sobre o comportamento dos animais, criam recintos que imitam seus ambientes naturais e cuidam de sua alimentação. Dessa forma há condições para que os animais se reproduzam. Depois, sendo possível, esses filhotes serão reintroduzidos na natureza, onde poderão crescer e gerar novos filhotes. Com o tempo, o número de indivíduos aumentará na natureza e esses animais poderão sair da lista de espécies ameaçadas de extinção, garantindo o futuro deles.
  Os ambientes naturais não fornecem apenas alimentos para os animais. Esses ambientes são também locais para a construção de ninhos e para servir de abrigo e esconderijo contra predadores.
  Com o desmatamento(retirada de árvores), o ambiente natural é modificado, podendo alterar profundamente a vida dos animais. Aqueles que não se adaptam a novas condições correram o risco de serem extintos.

CURIOSIDADES


Mico-leão-dourado
mico-leão-dourado é conhecido popularmente como sagui. Essa espécie pode ser classificada como onívora(alimenta-se de frutas, vegetais e pequenos vertebrados, como os anfíbios). Um comportamento comum ás espécies de micos-leões é o uso de buracos, no tronco das árvores, como abrigo, especialmente como dormitório.




Tucano
  Os tucanos chamam atenção pela aparência robusta de seu bico grande, o qual, na verdade, é extremamente leve e incapaz de escavar madeira dura. Por isso os tucanos fazem seus ninho em buracos que aparecem naturalmente nas árvores ou que foram feitos por pica-paus.
  Os tucanos alimentam-se de frutos, insetos e pequenos vertebrados. Quando se alimentam de frutos, os tucanos ajudam a espalhar pela mata as sementes, que são eliminadas junto com suas fezes. Essas sementes darão origem a novas plantas.       
    

NO PASSADO: DO CAMPO PARA A CIDADE

  No Brasil, entre os anos 1880 e 1920, os cafeicultores, proprietários das grandes fazendas, eram conhecidos como os ''barões do café''. Embora a fonte de suas riquezas estivessem no campo, uma parte importante de seus negócios era feita na cidade, pois era ai que tratavam da comercialização do café e de sua exportação, negociavam com os bancos e compravam produtos como o sal, a pólvora, os tecidos importados para a confecção de roupas e as louças de porcelanas para abastecer suas fazendas.
  Percebendo que suas atividades nos centros urbanos ocupavam a maior parte seu tempo, os barões do café passaram a investir nas construções de casarões e modificaram sua rotina: passaram a morar na cidade, indo para o campo somente para fiscalizar a produção de café.
  As ruas da cidade naquela época eram estreitas e não tinham calçamento, as casas eram muito simples e antigas, não havia um sistema de abastecimento de água e de iluminação para atender a grande parte da população. Havia um pequeno comércio que supria a população local e a da fazenda.
  Com a chegada dos barões do café, muita coisa mudou no espaço urbano: foram criadas grandes avenidas com iluminação pública. Palacetes, teatros, pontes e viadutos foram construídos. Linhas de bonde foram instaladas e surgiram novos bairros.
  Quando mais novidades chegaram as cidades, mais as pessoas se encantavam e se sentiam modernas, orgulhosas de sua nova condição. Aqueles que ficaram no campo eram vistos como ''atrasados''.
  Algumas cidades cresceram bastante, surgiram as primeiras indústrias e o Brasil passou a produzir vidros, tecidos de algodão, fósforos e materiais de construção. Surgiram também as primeiras cerrarias e indústrias de fundição.

RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO: AS GRANDES CIDADES DA ÉPOCA DO CAFÉ

  Como a exportação de café gerava riquezas para os cafeicultores, os portos eram muito importantes. Era por meio deles que saiam, em direção aos outros países, navios lotados com o café e chegavam navios carregados de mercadorias.
  Por isso, ao longo do tempo, a cidade do Rio de Janeiro, por ser portuária, e a cidade de São Paulo, por estar próxima ao porto de Santos, tornaram-se grandes centros econômicos.

A CIDADE DO RIO DE JANEIRO ENTRE 1870 E 1920


A cidade do Rio de Janeiro cresceu consideravelmente com a riqueza gerada pela produção de café. A partir de 1901, a cidade sofreu uma grande reforma urbana para atender a população mais rica da época.
  Um grupo de engenheiros, que estudou o projeto de reforma urbano da cidade de Paris, elaborou um plano de urbanização para o Rio de Janeiro. Novas avenidas foram abertas, ruas foram alargadas, velhos edifícios foram derrubados para dar lugar para os novos.

A CIDADE DE SÃO PAULO ENTRE 1870 E 1920

  Na cidade de São Paulo também ocorreram muitas mudanças: antigas ruas e calçadas foram alargadas, novas ruas foram abertas, instalou-se a iluminação a gás, a rede de água e esgoto foi ampliada. O transporte público se modernizou com o uso de bondes puxados por animais, que, mais tarde, foram substituídos por bondes elétricos.
  As antigas chácaras passaram a ser loteadas, formando bairros residenciais de auto padrão, como Higienópolis e Pacaembu.
  Foi nessa época que a avenida paulista, em São Paulo, tornou-se um símbolo de poder com os casarões dos barões do café. Também foi construído o teatro municipal, famoso por sua arquitetura clássica e pelos seus espetáculos que proporcionou para a população da época.

NEM TODOS SE BENEFICIARAM COM A REFORMA URBANA

  Nas cidades grandes, como São Paulo e Rio de Janeiro, muitas famílias de trabalhadores moravam em cortiços ou em casas de cômodos, que eram casarões decadentes que tinham seus vários quartos alugados.
  Nessas moradias, geralmente havia apenas um banheiro e uma lavanderia que eram usados por todos. As pessoas viviam juntas em espaços pequenos, sem ventilação e sem condições de higiene.
  Com as mudanças que os cafeicultores fizeram no espaço urbano, essa população foi expulsa para os bairros afastados do centro da cidade - a periferia -, lugar desprezado pelos mais ricos. Muitas casas de trabalhadores ficaram próximas aos rios e, no tempo de chuva, sofriam com as inundações.
  A maior dessa população era composta de operários que trabalhavam nas fábricas. Como não tinham dinheiro, não podiam praticar do mesmo lazer que os ricos e aproveitar as novidades que chegavam de fora do país. Essas pessoas moravam mal, trabalhavam muito e ganhavam pouco.
  Dessas famílias muitas vezes, as crianças entre 9 e 10 anos já trabalhavam de 12 horas por dia para ajudar na renda familiar.
  Os meninos trabalhavam nas vidrarias soprando vidro derretido, engraxavam sapatos e faziam pipas para vender.
  As meninas trabalhavam em oficinas de costura, varrendo salas e juntando alfinetes, ou em casa de famílias, como empregadas domésticas. Caso não fizessem o serviço bem-feito, eram castigadas.
  Essas crianças, por causa do excesso de trabalho adoeciam. Muitas ficavam com Tuberculose, uma doença mortal na época.
  

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O ESPAÇO RURAL NO PASSADO

  No final do XIX, no Brasil, havia muito mais habitantes no campo do que na cidade. A maioria das pessoas morava em grandes fazendas que produziam, principalmente, cana-de-açúcar, cacau e café. Porém a maior riqueza do Brasil, na época, provinha da venda de café para outros países, pois esse produto era muito apreciado na Europa.
  Assim, os fazendeiros, chamados de cafeicultores, tornaram-se homens muito ricos e poderosos.
  O café não é uma planta brasileira. Ela veio de uma região da África chamada Etiópia.
  Os mercados italianos e árabes foram os primeiros a levar esse produto para a Europa. Depois o café passou a ser plantado e comercializado no Brasil.
  O café passou a ser plantado, no Brasil, no Vale do Paraíba, nos estados do Rio de Janeiro e de  São Paulo.
Os fazendeiros utilizavam ainda os escravos para trabalhar nos cafezais. Moravam nas suas propriedades, onde construíram suas casa luxuosas, com móveis ingleses, louças e cristais importados, pianos, e muito mais. Diversas  dessas sedes de fazendas, como eram chamadas existem até hoje. 

VALE DO PARAÍBA E OESTE PAULISTA

  Numa fazenda a muito trabalho a ser feito. Ele começa assim que o sol surge, e só termina quando ele se põe - por isso, a expressão ''trabalhar de sol em sol''. Além disso, é um trabalho duro e pesado, exigindo muito esforço físico, em condições difíceis, no calor ou no frio, com sol  ou chuva. Durante a maior parte do século XIX, os fazendeiros usaram os escravos. Mais tarde, as fazendas que foram abertas no oeste de São Paulo começaram a usar a mão de obra de trabalhadores livres, que vinham da Europa, os imigrantes.
  Nessas fazendas não se produzia apenas café. Havia outras atividades que garantiam a sobrevivência de seus moradores. Produziam-se milho, arroz, feijão, batata, cana-de-açúcar, algodão, tabaco, velas de sebo, sabão, farinha de mandioca e fubá. Pode-se dizer que se produzia tudo oque era necessário para a sobrevivência dos moradores da fazenda. Produtos como o sal, a pólvora e o ferro, porém, tinham de ser adquiridos com outros lugares.
  Quem quisesse comprar alguns produtos estrangeiros também poderia esperar a visita de um mascate, que era um vendedor ambulante que, de vez enquanto, aparecia na fazenda oferendo leques pintados, tecido e outros produtos.
  Na fazendo também existiam oficinas. Nelas eram produzidos talheres de madeira, roupas e sapatos para os trabalhadores, pregos, machados, enxadas, entre outros objetos e instrumentos.
  Para dar conta de todas essas atividades, os espaços de uma fazenda tinha de ser bem distribuídos.

O CAFÉ E O DESMATAMENTO

   O café, plantado principalmente na região do Rio de Janeiro e São Paulo provocou, ao longo dos anos, mudança na paisagem natural, transformando florestas em campos agrícolas.
   O desmatamento de floresta era comum naquela época e não era considerado um problema. O que realmente importava era ampliar as áreas de cultivo, já que o café era um produto que gerava riqueza, modernidade somente para alguns.
  Por isso, a produção cafeeira foi uma das principais responsáveis pela derrubada da Mata Atlântica, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Isso ocorreu porque alguns fazendeiros cariocas perceberam que o plantio desse produto era atualmente rentável quando realizado em terras de florestas naturais recém-queimadas.
  No final do século XIX, de acordo com relatos de viajantes da época, os incêndios em florestas eram tão intensos que, as vezes, durante dias, ou mesmo meses, mal se podia ver o sol.
  As queimadas para o plantio de café não foram as únicas responsáveis da Mata Atlântica. O desmatamento também foi causado pela necessidade de se produzir lenha para alimentar as locomotivas, usadas para transportar o café do interior até o porto de Santos.  

    

domingo, 11 de dezembro de 2011

OS PROBLEMAS DO CAMPO

  As áreas rurais são muito importantes para um país, pois seus produtos abastecem as populações do campo e das cidades. Nessas áreas, porém, existem muitos problemas causados pelo mau uso da terra.
  Vários motivos levam as pessoas a destruir a vegetação por meio de queimadas, corte de árvores com serras elétricas e outros métodos.
  A queimada é uma forma de ''limpar'' um tereno para fazer a agricultura ou as pastagens. O problema é que, com as queimadas, muitas espécies de insetos e aves desaparecem. Os poucos animais que sobrevivem, sem a vegetação natural, também correm risco de morrer, porque não terão como conseguir abrigo e alimentos.

  O corte das árvores para a comercialização da madeira é um outro motivo da destruição das áreas naturais. Essa madeira é usada para a produção, entre outras coisas, de móveis, portas e janelas para serem vendidos no Brasil ou no exterior.
  Árvores também são derrubadas para se fazer o carvão vegetal, que é usado em pequenas indústrias, principalmente em Minas Gerais e no Maranhão. Esse carvão é igual aquele usado nas churrasqueiras.
  Um dos grandes problemas, causados pelas queimadas e pela derrubada de árvores, é a erosão, ou seja, o desgaste do solo pela ação da água e dos ventos.
  A erosão ocorre quando a vegetação é retirada e o solo fica exposto as chuvas, ao sol e ao vento. Ao chover, a enxurrada leva a terra para dentro de rios e represas. Com a terra, são levados os nutrientes que a planta necessita para crescer saudável, tornando o solo pobre, ou seja, improdutivo.

A POLUIÇÃO QUÍMICA

  A poluição química é também um dos graves problemas que atingem o campo.
  Os agricultores usam produtos como fertilizantes e agrotóxicos na lavoura e no pasto.
  Esses produtos, se foram utilizados em quantidade errada, podem causar sérios problemas, pois contaminam as pessoas que trabalham no campo, o solo, as águas e os alimentos.
  Os produtos que foram pulverizados nas plantas ou no solo são levados pelas enxurradas para dentro dos rios, córregos e lagos, matando peixes e contaminando a água que será usada pela população, pelo gado e por outros animais.

OS PROBLEMAS SOCIAIS DO CAMPO

  No Brasil, alguns proprietários de terra possuem fazendas muito grandes, onde cultivam vários produtos. Essas são terras bem produtivas, que geram empregos e dinheiro para o país.
  Mas há grandes proprietários rurais que nada produzem e também não permitem que alguns trabalhadores cultivem a terra.
  Muitos desses trabalhadores sem terra buscam áreas para plantar ou um trabalho em fazendas. Quase sempre não obtém sucesso. Mesmo quando conseguem trabalho, muitas vezes passam por situações bem difíceis.